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Precatórios privilegiam elite do serviço público

Por 03/06/2018 - 08:28

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George Santoro, secretário da Fazenda de Alagoas - Foto: Divulgação
George Santoro, secretário da Fazenda de Alagoas - Foto: Divulgação

A Sefaz limitou em R$ 100 mil o valor anual da compra de precatório via compensação tributária na tentativa de reduzir a ganância das empresas envolvidas nessas operações.

Preocupadas em ganhar cada vez mais, essas empresas dão prioridade à compra de precatórios milionários de juízes, procuradores e de outros altos funcionários do poder público. Sem falar no tráfico de influência que essa elite usa para burlar a lei.

O jornal Extra vem denunciado há anos que a venda desses precatórios só tem beneficiado a elite do serviço público, enquanto a maioria dos servidores com direito a precatórios de pequenos valores só é lembrada apenas para legitimar o pagamento dos figurões.

Se a idéia da Sefaz é garantir a quitação dos precatórios de menor valor -  que representam a maioria dos servidores - a norma acabou inviabilizando a venda desses créditos judiciais, com prejuízo para todos os lados. 

Pressionada pelas empresas e escritórios de advocacia que atuam nesse mercado, a Sefaz adiou a vigência da nova norma para janeiro próximo. Com isso, a medida que praticamente acaba com os precatórios, é apenas postergada.


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